Seis famílias da comunidade Boa Esperança, no município de Curralinho, na ilha do Marajó, começaram a contabilizar os primeiros resultados do projeto de piscicultura desenvolvido, há cerca de um ano, pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater). A primeira despesca rendeu peixes com até 1,3 quilo, conforme meta estabelecida pelo projeto, que prevê a produção de seis toneladas de pescado anualmente.
O processo marca a
diversificação da produção na comunidade, que desenvolvia
tradicionalmente atividades relacionadas ao cultivo do açaí. Cada
agroextrativista recebeu cerca de quatro mil alevinos de tambaqui. A
espécie foi escolhida pela adaptação ao local e pelo mercado garantido.
Vinte mil alevinos povoaram inicialmente os tanques, e desses, dez mil
foram doados aos agricultores graças a parceria com a Secretaria de
Estado de Pesca e Aquicultura (Sepaq).
Durante o
primeiro ano do projeto, outros ganhos foram contabilizados pela
comunidade. Pelo menos 70% de gastos foram diminuídos com a compra da
ração comercial. Com orientação técnica da Emater, os produtores já
fazem ração alternativa para alimentação dos peixes e usam como
matéria-prima o açaí e o farelo de trigo.
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