RIZICULTURA NO MARAJÓ | Sagri, Consagro e Faepa promovem reunião de sensibilização sobre a produção de arroz irrigado no Pará


A abertura oficial da “Reunião de Sensibilização sobre a importância da Contribuição do Arroz Irrigado para o desenvolvimento do Pará e do Brasil”, acontece no dia 29 de janeiro, no auditório do Edifício Palácio da Agricultura. A cultura do arroz, comum no Sul do país, encontrou na Ilha de Marajó, no Pará, solo fértil e clima favorável para cultivo. Maior ilha fluviomarinho do mundo, Marajó é formada por 12 municípios. A introdução da rizicultura está transformando a paisagem na região e o tema despertou interesse da sociedade paraense, das organizações acadêmicas e de pesquisas, e de órgãos como os Ministérios Públicos Federal e Estadual, que decidiram investigar o cultivo de arroz na Ilha de Marajó.

ALTERNATIVA ECONÔMICA PARA O MARAJÓ

O presidente da FAEPA, Carlos Xavier, comenta que o plantio de arroz é uma alternativa econômica viável para a região do Marajó, e explica, que com pelo menos 100 mil hectares de arroz irrigado, o Pará, além de atingir a autossuficiência, poderá também exportar o excedente para o Nordeste e Centro-Oeste, que são atualmente os grandes produtores de arroz.

“Queremos tornar a região do Marajó, com 52 mil quilômetros quadrados, dos quais 1/3 é constituído de campos naturais, um dos maiores polos de rizicultura do país”, afirma o presidente.

Segundo ele, o cultivo de arroz em larga escala tem tudo para se tornar a principal atividade econômica do arquipélago do Marajó.

“Transformar o município de Cachoeira do Arari em um grande polo produtivo Marajoara vai permitir avanços significativos para a região, além de garantir aos marajoaras mais renda e mais emprego. Tal proposta é um marco norteador para as futuras ações nesta importante região, contribuindo para os avanços qualitativos desejados para Cachoeira do Arari, para a Ilha de Marajó, e para o povo do Pará”, finaliza Xavier.

PRODUÇÃO E LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Segundo o produtor Renato Quartiero, é tudo área de várzea e a região tem bastante água. “Nós temos a baía do Marajó, que recebe água dos rios Tocantins e Amazonas. O clima, com cinco meses sem um pingo de chuva e muita água, é o que o arroz quer”, comenta.

“Começamos com 400 hectares no primeiro ano. No segundo foram dois mil hectares e neste ano 2.850 hectares. Vamos ver se conseguimos abrir uns mil por ano. Tem um potencial nesta fazenda para uns oito mil hectares”, estima o proprietário da fazenda.

A produtividade também é boa, de 120 sacos de 50 quilos por hectare. A colheita começou em novembro e vai até fevereiro. A irrigação vem do rio Arari. As bombas retiram dois mil litros de água por segundo. A água circula por toda a lavoura e, por meio de canaletas, é devolvida ao rio.

A Secretaria Estadual do Meio Ambiente do Pará afirma que os arrozeiros possuem licença ambiental desde 2010 e trabalham na legalidade.

GOVERNO APOIA INICIATIVA

O projeto do governo do Estado é fazer da Ilha de Marajó uma referência mundial na produção de arroz. “Não temos dúvida que nós poderemos ter em um futuro próximo um polo de arroz no Marajó, trazendo para aquela região um grande sentido econômico e, por conseguinte, emprego e renda”, espera o secretário de Desenvolvimento Econômico do Pará, Sidney Rosa.

O secretário de Estado de Agricultura, Hildegardo Nunes, de origem marajoara, se diz otimista. “Estou confiante que essa iniciativa (de produzir arroz em larga escala) vai fazer o nosso querido Marajó recuperar o tempo perdido e assumir o papel que é seu por direito na história econômica do Pará”, disse.

Por enquanto, o arroz produzido na Ilha de Marajó abastece somente o mercado do Pará. A previsão até o final da safra é distribuir 40 mil fardos por mês.

PROGRAMAÇÃO DO EVENTO (29/01)

09:00 - Abertura do Evento pelo Secretário de Estado de Agricultura, Hildegardo de Figueiredo Nunes e pelo Presidente do Sistema FAEPA/ SENAR, Carlos Xavier.

10:00 - Palestrante: Deputado Federal e Engenheiro Agrônomo Valdir Colatto
 
Tema: “A Implantação do Novo Código Florestal Brasileiro e seus Impactos”.

10:30Palestrante: Presidente da Associação dos Arrozeiros de Roraima - AARR, Genor Faccio

Tema: “O cultivo de arroz irrigado e sua contribuição para a Amazônia”.

11:00 - Palestrante: Prof. Dr. Luis Carlos Baldicero Molion

Tema: “Aquecimento Global: Fatos e mitos”.

11:30Palestrante: Deputado Federal Paulo César Quartiero

Tema: “Plantio de arroz no Marajó e os benefícios para a região”.

12:00Palestrante: Chefe-geral da Embrapa Amazônia Oriental, Cláudio José Reis

Fonte: FAEPA

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