MUANÁ | Comemora 190 anos de adesão à Independência do Brasil


A adesão de Muaná à Independência do Brasil em relação à Portugal, que neste ano completa 190 e, que ficou conhecida como Revolução Muanense, está sendo comemorada com desfile escolar, cuja programação teve início ontém (27/05) e se estende até às 20:30h do dia 28/05. 

A Revolução  Muanese teve grande influência da Cabanagem, onde muitos cabanos se refugiram em Muaná e travaram uma batalha armada contra militares da Coroa Portuguesa no dia 28 de Maio de 1823. 

Os muanenses tem muito orgulho desta data, por isso celebram seu desfile escolar, que esse ano foi divido em dois dias. E, como inovação a equipe da Secretaria Municipal de Educação (SEMEC), colocou o desfile do dia 28 à noite. E, outra novidade será o lançamento da Banda de Fanfarra municipal “Raimundo Loureiro”, que leva o nome de um professor que contribuiu muito com a educação municipal, bem como com os desfiles do dia ”28 de maio".

A Academia do Peixe Frito homenageia Muaná pela data histórica e, de muita importância para o Município. Veja abaixo um trecho da homenagem:

Homenagem da Academia do Peixe Frito aos 190 anos da Adesão do Pará à Independência.

M de Muaná, Maio, Mulher Marajoara

Alô Povo Brasileiro no Rio de Janeiro e redondezas
do Sul maravilha
de Brasília aos Pampas.
Daqui da heróica cidade de Muaná,
na ilha do Marajó, a gente manda lembranças
da genuína data Magna na Amazônia brasileira
Adesão do Pará à Independência.

O Centro-Oeste deve saber:
suas águas correm a Amazônia profunda
Lá de São Vicente o bandeirante Raposo Tavares
saiu a pé e canoa pelo Tietê
atravessou o Pantanal Matogrossense
Através do Guaporé e Madeira
foi ao rio Amazonas acima e abaixo
guiado por guerreiros da Nação Tupinambá
que depois de sofrer em mãos do malvado
o deixaram em Gurupá falando só
sem eira nem beira nem ramo de figueira
sem ouro ou prata.

Será que a história só serve de enfeite aos doutos?
Tontos elogios a matabugres façanhudos
e a Bandeiras despregadas!
O Nordeste mais que todos outros Brasis
há de saber contar a saga dos Tupinambás
na conquista da Terra dos Tapuias
casamento da necessidade com o acaso
encontro da fome com a vontade de comer
a história do Futuro.
Antes de tudo se há de fazer louvação
da Mulher Marajoara
e outras amazonas amazônicas
sem elas não podia haver a paz dos Nheengaíbas
nem adesão de Muaná 164 anos depois de Mapuá.
Por direito só há 190 anos o Norte é brasileiro
masporém, de fato
cá no mato sem cachorro sem jamais pedir penico
ou socorro
a gente marajoara é do Brasil
por uma razão sutil
fazendo despertar o gigante adormecido
na primeira manhã depois da primeira noite do mundo.



(Blog do Daniel Sidônio/Academia do Peixe Frito)



Comentários