#DILMA | O MOVIMENTO MARAJÓ FORTE DEFENDE O REGIME DEMOCRÁTICO


O Movimento Marajó Forte (MMF) se juntará aos movimentos sociais que estarão participando das manifestações convocadas pela Central Única dos Trabalhadores para esta sexta-feira (13/03), em Belém-PA.  

Segundo o Coordenador do MMF, Ricardo Fialho, "o movimento tem caráter suprapartidário e defende a democracia. E, as pessoas não estão sendo chamadas a apoiar o governo da presidente Dilma Rousseff, mas para garantir a legitimidade de seu mandato constitucional. Vale ressaltar que nosso posicionamento está embasado e legitimado pela votação expressiva obtida pela Presidenta Dilma, nos 1º e 2º Turnos da Eleição de 2014, nos 16 municípios que compõem a Mesorregião do Marajó. Dessa forma, conclamamos todos os Marajoaras que residem em Belém a comparecerem ao ato e, juntarem-se ao Movimento Marajó Forte para exigirmos que o nosso voto seja respeitado. E, que pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff é golpe porque ela foi eleita de forma democrática e não existe nenhuma prova de que tenha cometido desvio de conduta à frente do Governo Federal!!!"

VOTAÇÃO DA PRESIDENTA DILMA ROUSSEF NO MARAJÓ - ELEIÇÃO 2014

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13 DE MARÇO - DIA NACIONAL DE LUTA
 
A CUT organizadora da manifestação conclama para os atos desta sexta-feira (13) - em defesa dos Direitos, da Petrobrás, da Democracia e da Reforma Política - que acontecerão por todo o Brasil. E, até o momento, 26 estados confirmaram os locais de mobilização em suas capitais 



Em Resolução da Direção Nacional da CUT, assinada por Vagner Freitas, presidente nacional, e Sérgio Nobre, secretário geral, a Central lembra que nasceu das lutas e continuará a mobilizar suas bases, a partir do local de trabalho, para ocuparem novamente as ruas, junto com os movimentos sociais. 

“Conclamamos todas as entidades da CUT e todos os trabalhadores e trabalhadoras CUTistas a participarem das mobilizações do dia 13 de março para defender nossos direitos (não ao PL 4330, retirada imediata das MPs 664 e 665)”, afirma a Resolução.

“Conclamamos nossas bases para defender a Democracia e a Reforma Política, através da Constituinte Exclusiva e Soberana, e para barrar a contra-reforma (PEC 352) puxada por Eduardo Cunha no Congresso Nacional. Conclamamos nossas bases para saírem também às ruas no dia 13 de março em defesa da Petrobrás, pela manutenção da Caixa Econômica Federal 100% pública, em defesa da soberania nacional e para exigir mudanças na política econômica do governo (não à elevação da taxa de juros e às medidas de ajuste de caráter regressivo e recessivo)”.
 
Confira o local de concentração em Belém (PA)
 
Pará
Belém - Praça da República - 15h

 
TEXTO PARA REFLEXÃO

"POR QUE O BRASIL AINDA NÃO DEU CERTO?" Por Darcel Andrade

Eu não votei no Aécio e tenho os meus e nossos motivos já conhecidos, também não votei na Dilma pelos mesmos motivos já explícitos na oportunidade da não escolha e falta de uma outra candidatura que realmente viesse corresponder às ansiedades da população brasileira. Mas não me isento da responsabilidade de participar idoneamente dos acontecimentos efervescentes do meu país, tão longe e tão perto.

Na política que conhecemos e que alimentamos há anos, o corporativismo e as vantagens pessoais em nossa micro realidade se propagam e se projetam para outros patamares como reflexo dos nossos pensamentos e atitudes ainda na raiz das problemáticas sociais, ou seja, o desígnio e o compadrio do candidato corrupto travestido de anjo bom e que depois se revela na conjectura do cargo eleito. É como escolher uma pedra no caminho da dúvida e jogá-la no lago de águas paradas e as ondas se alargam até a margem [literalmente] da sociedade, a provocar turbulências com efeitos colaterais de miséria intelectual e dela ser vítima.

Não sabemos prever o futuro, mas já conhecemos memórias dolorosas que nos dá subsídios para não cometer os mesmos erros; lembremos de Prestes e Jânio Quadros antes da intervenção militar de 1964 com os chavões a proclamar caça aos “comunistas”, e ainda há pessoas que insistem repetir as claudicações como se fossem bois no abate do curral eleitoral por eles mesmos criado, e saem às ruas no oba-oba da mídia dominadora e redes sociais sem saber de onde e para onde caminham, desconhecem a história, e esperam um Zeppelin gigante prateado vindo do céu e seu comandante cheirando a brilho e a cobre para lhes salvar do caldeirão social, sim, porque só as panelas lhes bastam e nelas fazem batucada de escolas de samba e barulho nos estádios de futebol com gritos de gol, e aproveitam agora para ensaiar suas coreografias nas ruas com a fantasia de suas escolhas. Não cozinham, mas se fazem coxinhas fritas com o tempero da hipocrisia e da ignorância política. Preferem futebol e carnaval, velho e antigo compasso, e se esquecem das prioridades, e agora correm atrás do prejuízo.
Futebol e carnaval é ‘plug’, é saldo quando um país comemora suas conquistas e tem obras e serviços públicos de qualidade para oferecer aos seus cidadãos. Erra o povo que exige ser feliz por três dias somente, erra o governo que acostuma mal seus patriotas em nome de uma ‘cultura’ sem critérios de prioridades, como quem alimenta as ilusões de uma criança com doces e chocolates. Se tirar de suas mãos, elas choram e esperneiam.

Se Dilma fosse personagem do filme “The Intimate Game" e decifrasse o código Enigma dos Nazistas, talvez salvasse não somente os britânicos do filme, mas os 200 milhões de brasileiros que dela “dependem” e esperam milagre no estalar dos dedos. Mas não, na transferência de responsabilidades, oferecem-na em sacrifício sem heresia ao zeppelin gigante e seu comandante [militar] que, sem mudar de ideia, resolve tudo explodir com data marcada, e nem Chico Buarque pode evitar o drama desta formosa dama que defendeu na campanha e que, agora, “todo mundo” quer cuspir.

Mas a Dilma não é Geni e também tem os seus caprichos e tenta convencer a multidão do asco da Petrobrás e é condenada no lugar de seus dirigentes que há anos, desde os tempos de Sarney, alhures, subtraem vantagens ilícitas, logo ela, que ouve tantos pedidos, tão sinceros e tão sentidos, entrega-se como quem dá-se ao carrasco e tenta até sorrir.

Mas a Dilma não é Geni que houve tanta heresia, e quem dera se fosse assim [heresia], e a cidade em romaria beijasse a sua mão, os prefeitos e governadores de joelhos em Brasília pedindo recursos, o bispo de olhos vermelhos pedindo clemência para os aposentados e pobres injustiçados, os professores a clamar por uma educação prometida, os índios pela demarcação de suas terras, os demais povos da Amazônia por mais respeito e atenção, e quem sabe o banqueiro com um milhão como diz a música em seu refrão.

Bem, se Dilma pode nos salvar não sabemos, Ruim com Dilma, pior sem Dilma, porque não tínhamos, e ainda não temos, um nome sério, depois dela, que inspire confiança e que a substitua no atual cenário que se apresenta na hierarquia institucional que rege a nossa constituição. Vice-Presidente, Presidente da Câmara dos Deputados, Presidente do Senado, Presidente do Supremo Tribunal Federal, é isso mesmo que queremos? Vejam os nomes, pesquise, investigue, veja as articulações políticas e as implicações sociais se cada um desses nomes assumir o comando da nação; ou é mesmo uma intervenção militar no domínio de tudo? Eles estão preparados? Logo os militares de quem ela guarda mágoas por sua tortura. Muito cruel. Sinta-se representado por eles na ausência da “nossa” presidenta eleita democraticamente, ainda que por um voto a mais. Se negarmos esse pleito [democrático], negamos nossas próprias decisões e conquistas históricas, porque somos seres históricos; negamos também a nossa capacidade de transformar realidades complexas (Morin) sem golpes de estado e sangue a derramar.

A ‘força física’ e o confronto ainda não cabem quando ainda temos a ‘força intelectual’ para ampliar o diálogo e diminuir os ruídos que impedem a governança e o DEMOCRÁTICO ESTADO DE DIREITO que delegamos a uma mulher no comando, demasiadamente humana (Nietzsche), que se esforça para aprumar as velas na turbulência das águas. A primeira força fede a golpe oposicionista na busca insana pelo poder; a segunda força, intelectual, ainda é possível, como toda utopia que devemos perseguir, quando ainda se tem argumentos que justifiquem a permanência da nossa representante eleita com legitimidade. Tirá-la do poder na atual circunstância, é bater em retirada no fronte de batalha, é baixar as armas da guerrilha política tão in_previsível, sim, porque a guerrilha não tem leis e regras próprias como os tratados de guerra. Nas guerras ainda temos as tréguas e os tempos de paz enquanto dura; nas guerrilhas o inimigo está à espreita em qualquer esquina e pode nos surpreender a qualquer momento, está sempre a tramar ardilosas armadilhas para derrubar o inimigo [político].

Tomemos cuidado com as minas e as estacas panges, a primeira explode corpo e cérebro pelo ar; a segunda nos mata silenciosamente quando caímos em trincheiras camufladas de idealismos rasos, e somos espetados com veneno e fezes das nossas próprias atitudes; do contrário, chegamos a um terceiro estágio: uma guerra civil para mostrar a nossa irracionalidade e tudo será nivelado.
 
Há muitos interesses no domínio de tudo, incluindo os internacionais por peio do tráfico de influências com financiamentos escusos por trás dos movimentos de resistência. Portanto, sejamos prudentes, “estar perdido significa que existe caminhos”, como diz Mia Couto. A única certeza que temos é que não temos certeza e a dúvida é uma porta para a esperança que devemos cultivar. E o que proponho, como simples observador deste jogo de poder, é que haja calma e cautela no mexer das pedras. Na teoria do “pombo xadrez”, desarrumar o tabuleiro agora não nos dará vencedores e nem derrotados; a não ser que comecemos tudo novamente, e talvez não teremos tempo para isso.

Intervenção militar é um grito de desespero da população desprotegida e é constitucional. Se Dilma quiser, como Chefe de Estado e das Forças Armadas, pode colocar o Exército nas ruas sim, e isso será bem recebido como de outras vezes. A questão é saber se, além disso, os militares em conjunto com a Polícia Federal terão ordens para prender os ladrões dos gabinetes de Brasília e dos Estados da Federação, com mandatos de prisão do Supremo Tribunal Federal (que delícia), e que Juiz nenhum possa revogar. E é isso que a população deseja neste momento. Neste último caso, rasga-se a carta magna em nome da moralidade política. o mundo é fe it o de es co l h as e d e c is õ es, e que estas sejam sábias. Agora entendo o antropólogo Darcy Ribeiro quando pergunta: “Por que o Brasil ainda não deu certo?”

(Movimento Marajó Forte)

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