A Secretaria de Estado de Agricultura (Sagri) fez a entrega, na
manhã desta quarta-feira, 23, da versão final do Protocolo de Produção e
Lista de Verificação do Queijo do Marajó à Agência de Defesa
Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), em encontro que reuniu
técnicos e dirigentes das duas entidades, na sede da Sagri. O protocolo
que regulariza a produção do queijo do Marajó é a forma de colocar em
prática a Lei Estadual de Produtos Artesanais (Lei 7.565, de
25/10/2011). O documento vem sendo alvo de estudos, discussões e
reuniões há cerca de ano e foi finalizado em dezembro do ano passado. A
iniciativa da regularização faz parte de um convênio assinado entre a
Sagri e o Serviço de Apoio à Pequena e Média Empresa (Sebrae).
Além da Sagri e Sebrae, participaram das discussões as Universidades
Federal do Pará e Federal Rural da Amazônia, Adepará, Empresa Brasileira
de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e produtores de queijo da ilha do
Marajó, que tiveram a consultoria técnica da empresa Dzetta, do Programa
Alimento Seguro, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa). O Protocolo finalizado também seguirá para Brasília para ser
submetido à apreciação do Mapa.
O protocolo lista
uma série de recomendações e exigências para adequação dos produtores,
que versam sobre a qualidade da água utilizada, processo de ordenha de
animais, condições de higiene dos locais de produção, transporte,
armazenamento, entre diversos tópicos, como a emissão de carteiras de
saúde aos que trabalham diretamente no processo.
A
partir do recebimento do Protocolo, a Adepará, de posse do Manual de
Regularização, passa a receber as propostas dos produtores de queijo e
repassará as adequações necessárias. Uma das primeiras ações desta fase
do processo será a capacitação dos produtores nas Boas Práticas de
Fabricação (BPF). Os interessados em ter a certificação de seu produto
devem dar entrada com um pedido formal junto à Adepará.
CAPACITAÇÃO DE PRODUTORES
Sagri, Sebrae e Adepará vão fazer a capacitação dos produtores, que
irão seguir as normas estabelecidas no Protocolo. A prioridade da
capacitação será dos produtores que participaram das discussões desde o
início dos estudos, que são cerca de 20. Outra decisão do grupo de
estudos é que a cidade de Soure, na ilha do Marajó, seja o polo das
ações junto aos produtores.
COOPERAÇÃO INSTITUCIONAL
A cooperação entre
Sagri, Sebrae e Adepará foi de grande importância para o sucesso da
elaboração do Protocolo, analisou o secretário de Agricultura Hildegardo
Nunes. “Foi uma ampla cooperação entre as entidades do Estado e os
produtores para a regularização e comercialização do queijo do Marajó. É
um avanço muito importante que trará benefícios sociais e econômicos e
garantirá um alimento seguro ao consumidor. Tenho a convicção de que
demos mais um grande passo para fortalecer nossa produção rural”,
observou o secretário.
Para a Adepará, o trabalho
está apenas começando, como lembrou Sálvio Freire, diretor operacional
da entidade. “A Adepará agora terá o papel fundamental de legalização e
regularização de todos os estabelecimentos que têm produção artesanal,
começando com o queijo do Marajó. Estamos trabalhando e montando agendas
de trabalho para que possamos certificar e legalizar os produtores o
mais rápido possível”, informou.
Com a
regularização e adequação às normas do Protocolo, o produtor de queijo
do Marajó receberá um selo de origem, chamado Certificação de Identidade
Geográfica do Queijo Marajoara, e poderá comercializar seu produto em
todo o estado do Pará. Após o parecer do Mapa e as devidas adequações
que venham a ser solicitadas, o queijo do Marajó poderá ser
comercializado em todo o território brasileiro.
Fonte: Agência Pará
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