Praias desertas de água salobra, igarapés e búfalos por toda a parte.
Não seria exagero dizer que a Ilha de Marajó oferece um turismo exótico
dentro do Brasil, seja por conta de sua natureza de ilha fluviomarinha
ou pelo seu passado de civilização pré-colombiana. Apesar de poucos
municípios fazerem parte do circuito - atualmente são apenas quatro, a
maioria próxima à Belém - eles conseguem sintetizar a natureza e o
espírito da região, rodeada de fazendas de búfalos, pássaros raros e
cultura própria.
A maior ilha fluviomarinha do mundo possui 15 municípios. Localiza-se a
oeste da foz do rio Amazonas e a leste da Baía do Guajará. Fica a três
horas de barco de Belém. A dificuldade de se trafegar por estradas numa
região repleta de igarapés e rios faz com que poucos municípios consigam
se integrar por estradas: chove demasiadamente de janeiro a maio,
quando boa parte da ilha fica alagada. Dessa forma, Soure (22 mil
habitantes) e Salvaterra (17 mil habitantes), separadas pelo rio
Paracauari, são os municípios que se beneficiam por estarem próximos de
Belém.
Distante 70 km quilômetros de Soures, fica Cachoeira do Arari. Trata-se
de mais uma município que faz parte desse pequeno circuito - apesar da
estrada que liga as cidades ser de terra. Durante a época de chuvas,
fica intransitável. No entanto, há promessas de ser asfaltada em breve. A
importância do local está na preservação do passado histórico da ilha:
aí está o Museu Histórico do Marajó, que possui peças arqueológicas
encontradas pelo padre italiano Giovanni Gallo, criador da instituição. É
ali também que está a maioria dos tejos (aterros superficiais feitos
pelos marajoaras em terrenos alagadiços para habitação ou cemitério).
Apesar disso, o município tem uma estrutura simples de hotéis, o que
dificulta um pouco sua imersão no circuito turístico local.
Vale dizer que a Ilha de Marajó foi habitada por índios bem avançados,
com cultura comparada à pré-colombiana. Mas teriam desaparecido antes da
chegada dos portugueses em Joanes, no município de Salvaterra. A Ilha
de Marajó era chamada de Marinatambal pelos indígenas. Nos tempos
coloniais passou então a ser denominada Ilha Grande de Joannes.
Fonte: Jornal de Uberaba
Adorei a reportagem! Compartilhei em meu blog
ResponderExcluirAbraços
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