DIVISÃO TERRITORIAL DO ESTADO DO PARÁ | Há um ano todos os 16 municípios da Mesorregião do Marajó disseram NÃO e NÃO (PARTE I)

Hoje 11/12/2012 completa um ano da realização do Plebiscito da Divisão Territorial do Estado do Pará, para a criação dos estados do Tapajó e Carajás. E, nós do Movimento Marajó Forte fizemos parte dessa história. Participando ativamente e construtivamente do processo político decisório, por meio do Comitê Suprapartidário denominado “Comitê Pará UNIDO, MarajóFORTE – Sou Marajoara e Digo Não a Divisão”, criado durante a campanha plebiscitária, em apoio aos trabalhos e a campanha das Frentes Contra a Criação dos Estados do Tapajós e Carajás.

O Comitê “Pará UNIDO, Marajó FORTE” tinha como propósito congregar todos aqueles ou aquelas naturais dos dezesseis municípios da Mesorregião do Marajó (Afuá, Anajás, Bagre, Breves, Cachoeira do Arari, Chaves, Curralinho, Gurupá, Melgaço, Muaná, Ponta de Pedras, Portel, Salvaterra, Santa Cruz do Arari, Soure e São Sebastião da Boa Vista), descendentes de Marajoaras ou todos os que se sensibilizavam com as causas do Marajó e, eram contrários a divisão territorial do Estado do Pará.

E, durante a campanha plebiscitária foram muitas as atividades e ações em que estivemos presentes, participando ativamente do debate e da construção de argumentos que demonstravam que apesar das mazelas sociais a que está submetido o povo marajoara e, decorrentes do descaso de sucessivos governos, a divisão territorial naquele momento e, naquelas circunstâncias geopolíticas não seria benéfica e/ou proveitosa para o Estado do Pará. E, principalmente para a Mesorregião do Marajó. Pois, a capacidade de investimentos no Marajó, que já não é satisfatória há muito tempo, poderia se agravar ou até mesmo piorar os sofríveis e vergonhosos indicadores sociais dos municípios marajoaras. Nosso debate em alguns momentos sempre foram pautados no respeito aos que defendiam a divisão territorial e, embasados em dados da realidade marajoara. E, para nós foi importantíssimo participar daquele processo político decisório, talvez um dos mais importantes da história deste Estado. Pois, dessa iniciativa, dessa luta e, da exposição de dados e indicadores da realidade vivenciada por milhares de marajoaras nasceu o Movimento Marajó Forte.

 

Após o plebiscito e com o Pará UNIDO esse Comitê se transformou no Movimento Marajó Forte, movimento suprapartidário que luta pelo desenvolvimento sustentável dos municípios do Arquipélago do Marajó. E, o “Comitê Pará UNIDO, Marajó FORTE – Sou Marajoara e Digo Não a Divisão” se tornou um espaço aberto para divulgação, discussão, debates, articulações e/ou proposições de ações relacionadas ao desenvolvimento social e econômico da Mesorregião do Marajó.

É fato, que o debate em torno da divisão territorial do Estado do Pará continua pós-plebiscito. E, algumas questões ainda são muito pertinentes e continuam atuais:

1) Quais foram as mudanças observadas nas regiões que reivindicavam a emancipação?

2) Quais foram os investimentos recebidos por essas regiões?

3) Quais foram as mudanças observadas na mesorregião do Marajó que votou contra a divisão territorial?

4) Quais foram os investimentos recebidos pela mesorregião do Marajó?

5) Quais foram ou quais serão as conseqüências do plebiscito para o processo político no estado (curto, médio e longo prazo)?

6) Quem ganhou com a NÃO divisão territorial do Estado do Pará?

7) Quem se beneficiou com a campanha da NÃO divisão territorial do Estado do Pará?

8) Como o Governo do Estado tem e vem investindo nessas regiões para minimizar o sentimento emancipacionista (ainda latente)?

9) Quais foram os investimentos do Governo do Estado nessas regiões?

10) Quais foram e, como vem sendo implementadas as políticas públicas que visam diminuir as desigualdades sociais nessas regiões?

 

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