![]() |
Biólogo Richard Rasmussen autor do Projeto Terra. Foto: CLÁUDIO SANTOS/AG. PARÁ |
Imprimir a alma do paraense em seus produtos e vendê-los com
conceito e inovação. Este é o principal objetivo do Projeto Terra,
capitaneado pelo biólogo e apresentador de TV, Richard Rasmussem, para
montar cases de mídia sobre o artesanato, com a finalidade de
comercialização. Diferentes de catálogos de venda comumente associados
aos estandes e lojas de artesanato já existentes, a ideia do Projeto
Terra é produzir documentários não apenas sobre o objeto em si, mas
sobre a vida de cada artesão.
À frente de programas de televisão sobre animais do bioma de várias partes do mundo, há mais de 10 anos, Richard também vê a necessidade de apesentar as artes e cultura dos locais por onde passa. “Viajo o mundo inteiro e sou amante da cultura. Infelizmente, o que vejo sendo vendido lá fora não é o melhor que o Brasil tem a oferecer. Por isso, a intenção de criar este projeto”, informou o apresentador durante a reunião realizada no Instituto de Artes do Pará, na manhã desta quinta-feira, 14.
Segundo Richard, o diferencial do projeto se dá em dois pontos: no
mapeamento do melhor na produção de artesanato no interior dos estados
brasileiros; e no modo como este artesanato será apresentado. “Os
produtos que são colocados lá fora não nos representam, simplesmente
porque são ruins. O melhor do Brasil não está sendo visto pois falta
alma nesses produtos. O que a gente precisa é colocar nossa identidade”,
afirmou.
Para o presidente do IAP, Fábio Souza, a
parceria do Governo do estado com o Projeto Terra, “é exatamente o que
nós precisamos para entrar definitivamente no Marajó. Por isso queremos
implementá-lo”, enfatizou. Fundamentalizado de forma ampla, agregando os
órgãos de turismo, assistência social e tecnologia presentes no estado,
a implementação do Projeto Terra no Pará pretende ser mais que um
simples polo de venda e circulação de produtos artesanais. A proposta de
começar pelo Marajó traz como mote não apenas a beleza do artesanato
marajoara, mas sim a necessidade de melhorar os índices de IDH da
região, considerada hoje uma das mais pobres do estado.
A partir deste primeiro alinhave, a implementação do Projeto Terra
segue agora para os estudos técnicos, onde serão definidas as frentes de
entrada de cada órgão, contando ainda com a interlocução da ONG No
Olhar. Segundo a diretora da ONG, Patrícia Gonçalves, a presença da No
Olhar chega pelo interesse da entidade em auxiliar as comunidades
marajoaras, “a trabalhar de forma sustentável, com uma produção limpa
através daquilo que o Marajó já faz; ou seja melhorar as formas de
trabalho e vida na comunidade”, explicou.
Após as
definições das linhas de trabalho dos órgãos, o Projeto Terra deve ser
colocado em prática em cerca de três meses. “Nós queremos que esse
projeto saia do campo espiritual e se torne palpável e concreto”,
finalizou Richard Rasmussem. A reunião contou com a presença de
representantes da Secretaria de Estado de Turismo, Paratur, Pro Paz,
Belemtur, Secretaria de Estado de Assistência Social, Secretaria de
Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, ONG No Olhar, Sebrae-Pará,
Loja Katmandu (SP) e Projeto Terra.
(Agência Pará)
Postar um comentário