Fundada em 2010, com o apoio do escritório local da Empresa de
Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), a
Associação de Mulheres Agroextrativistas da Ilha Grande do Pacajaí
(AMAIGP), a primeira organização social feminina do meio rural de
Portel, no Marajó, reafirma no município a trajetória de um movimento de
fortalecimento de gênero e de busca por direitos, como acesso à
educação, saúde e políticas públicas específicas.
Presidida pela agricultora Marta Figueiredo, reeleita em fevereiro deste
ano, a Associação representa 80 mulheres do assentamento federal,
localizado em uma área ladeada pelos rios Anapu e Pacajá, e onde vivem
quase 1.200 famílias que trabalham principalmente com açaí, farinha
d’água, pesca artesanal e artesanato. A comunidade é atendida pela
Emater desde 2008.
“Podemos dizer que a AMAIGP
simboliza o marco de uma luta política em defesa da mulher rural de
Portel e no próprio Marajó. O meio ainda é machista e resistente: pouco a
pouco, essas trabalhadoras vêm conquistando espaço, oportunidade,
mercado e cidadania", diz o técnico em agropecuária e geógrafo Jocimar
Mendonça.
São ações como a da Emater, através da
assistência técnica, cursos e capacitações que, de segundo ele, permitem
que essas mulheres diversifiquem as atividades e adquiram autonomia na
mão de obra e trabalho, além de orientar o aperfeiçoamento da estrutura
administrativa e mobilizadora da Associação, inclusive no que tange ao
crédito rural.
Outro meio de garantir o
fortalecimento das atividades são as parcerias com as Secretarias
municipais de Portel, como a de Saúde, pela qual elas estão negociando
treinamento e amparo para as parteiras; a Secretaria de Trabalho e Ação
Social, que viabiliza a oferta de cursos de corte e costura e
estilização de roupas.
(Agência Pará)

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