Comunidades quilombolas incluídas no programa Territórios da Cidadania, nas regiões nordeste e do Marajó, estão sendo atendidas pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater), como parte do Projeto de Ampliação dos Serviços da Assistência Técnica e Extensão Rural Pública (Ater) e das Ações dos Territórios da Cidadania.
O acompanhamento técnico visa aumentar a produção de alimentos no
Estado, por meio de um convênio com o Ministério do Desenvolvimento
Agrário (MDA). As reuniões dos Grupos de Trabalhos (GT) Quilombolas
aconteceram no município de Cachoeira do Piriá, no nordeste, nos dias 5 e
06 de fevereiro, e em Salvaterra, no Marajó, nos dias 20 e 21/02.
Em Salvaterra, cerca de 60 quilombolas das comunidades de Caldeirão,
Rosário, Providência, Boa Vista, Deus Ajude, Mangueiras, Bacabal, Pau
Furado, Siricarí e Malungo participaram da reunião, junto com
representantes da Prefeitura.
Cronograma
- Segundo a economista Adda Ellen, articuladora da Rede Temática de
Ater para Mulheres Rurais, que coordenou as atividades, foi aplicada uma
metodologia para identificar acertos e falhas, além dos objetivos e
metas para o desenvolvimento da comunidade. “A partir da sistematização
do potencial e das fragilidades das comunidades, e posterior visita
técnica em cada comunidade, será possível elaborarmos um cronograma de
atividades de Ater em consonância com os objetivos e metas do convênio,
para ser executado nestes quilombos”, informou Adda Ellen.
Os participantes decidiram pela instalação de Unidades Demonstrativas
(UDs), para possibilitar uma maior produção agrícola nas comunidades
quilombolas. Em Salvaterra, com o apoio da Emater, serão instaladas duas
UDs de casa de farinha, e revitalizadas outras casas já existentes.
Em Cachoeira do Piriá, na comunidade quilombola Camiranga, será
instalada uma UD para o cultivo de hortas. O projeto prevê ainda a
instalação de mais seis UDs em outros territórios, como em Santarém, no
oeste do Pará.
Convênio
- Segundo dados do MDA, o objetivo do convênio é reforçar o estímulo às
atividades agrícolas, não agrícolas, pesqueiras, extrativistas e à
pecuária, e apoiar o compromisso com a organização social rural.
Essas ações devem fortalecer a agricultura familiar e o desenvolvimento
rural sustentável das comunidades, com base na agroecologia e na
economia solidária.
Segundo Adda Ellen, o
convênio proporcionou também o fortalecimento do GT (Grupo de Trabalho)
estadual paraense. “Estamos antevendo as mudanças federais para a
política quilombola no país”, ressaltou ela.
(Agência Pará)
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