MELGAÇO | Emater entregará os Projetos de Desenvolvimento de Assentamentos (PDAs) ribeirinhos até abril


Os Projetos de Desenvolvimento de cinco assentamentos ribeirinhos de Melgaço, no Arquipélago do Marajó, devem ser entregues pelo escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) até abril deste ano.

A elaboração dos documentos está prevista em uma chamada pública contratada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), por meio do Incra, em maio de 2012, com recursos de quase R$ 3 milhões. Ttrata-se de informações e análises, reunidas em formato padronizado e científico, sobre a realidade socioeconômica e cultural de 1.235 famílias que ainda vivem abaixo da linha da pobreza em Melgaço, Ilha Grande de Laguna, Mujirum, Ilha Santa Maria I e Ilha Santo Amaro.

“São agricultores que, além de terem dificuldade de acesso a políticas públicas e a processos de capacitação, sofrem com o isolamento geográfico. Algumas comunidades estão localizadas a 12 horas de barco da sede de Melgaço. Os PDAs indicam não só as demandas da produção agrícola, mas apontam a existências de outras necessidades, como postos de saúde, escolas, rede elétrica e estradas. São relatórios completos e muito embasados porque, muitas vezes, a Emater às vezes é o único serviço que chega à porta dessas famílias”, explica o sociólogo da Emater Alcir Borges.

Também como meta dessa parceria específica com o Incra, essas mesmas famílias têm sido atendidas pela Emater, a partir de visitas técnicas e acompanhamento dos sistemas produtivos, para produzirem mais e melhor e diversificar as atividades comerciais, que hoje em dia se resumem ao extrativismo de açaí, peixe e camarão.

A idéia é estimular e amparar a ampliação das ações de cultivo, com projetos de fruticultura (como cupuaçu e cacau), pequenos animais (como galinhas e porcos) e aproveitamento de recursos madeireiros e não-madeireiros (com a fabricação de óleos e essências). “Identificamos potencial nas propriedades e interesse das famílias”, aponta o técnico agrícola da Emater Francisco Weliton Vasques.

(Agência Pará)


Comentários