A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará
(Emater) vem apresentando mudança considerável no formato de atendimento
de agricultoras, a partir de chamadas públicas do Ministério do
Desenvolvimento Agrário (MDA) específicas para o gênero e da
intermediação da linha "Mulher" do crédito rural do Programa Nacional de
Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), entre outras ações.
Também estão recebendo apoio direcionado as quilombolas do nordeste do
Pará, as quebradeiras de coco de São João do Araguaia e Conceição do
Araguaia, as pescadoras artesanais de Ipixuna e Soure e as mulheres
indígenas de Jacareacanga. “Os modelos produtivos que funcionam não
visam apenas ao lucro e ao abastecimento do mercado, mas também à
inclusão da mulher rural nas oportunidades", afirma a presidente da
Emater, Cleide Amorim, que está à frente da Emater desde 2011 e comanda
um corpo funcional que inclui 369 mulheres atuando nos 144 municípios do
Pará.
Este ano, por exemplo, parcerias entre a
Emater e o MDA direcionam a assistência para a organização social e
produtiva de 400 agricultoras de quatro municípios do Arquipélago do
Marajó (Cachoeira do Arari, Curralinho, Portel e São Sebastião da Boa
Vista), que devem ser incentivadas a constituir associações e
cooperativas referentes a plantios, criações animais, artesanato e
beneficiamentos diversos.
“Muitas agricultoras
familiares do Pará infelizmente ainda enfrentam um modelo patriarcal,
sem independência de mão-de-obra e renda e sem acesso a capacitações.
Cada projeto de promoção do empoderamento feminino é uma conquista da
sociedade paraense como um todo”, diz a articuladora estadual da rede de
assistência técnica para mulheres rurais, a economista da Emater Adda
Lima.
(Agência Pará)
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